segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pastor Cláudio Morandi - É TEMPO DE VIVERMOS EM UNIDADE


Claudio Morandi

"Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes" (Salmos 133:1-2).
Todo o Salmo 133 é todo ele dedicado a comunhão, a unidade e do amor aos irmãos. A primeira epístola de João nos revela como devemos amar nossos irmãos se realmente amamos a Deus nosso Pai. Esse mandamento escreve o apóstolo, foi recebido do Senhor Jesus; ou seja, que todo aquele que ama a Deus, também deve amar a seu irmão. 1 João 4:20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Essa seqüência de pensamento é bem natural. O amor aos irmãos não é mais que uma continuação do amor de Deus ou do amor para com Ele. Se alguém ama ao Pai, invariavelmente amará Seus filhos. Isso está muito claro nas Escrituras em 1 João 5:1 "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido".
No Salmo 133, vemos como os irmãos na casa de Deus habitam juntos em união. O irmão Stephen Kaung disse que: “amar a Deus forma o centro, enquanto amar aos irmãos, a circunferência”. Como podemos amar uns aos outros? Como podemos viver em unidade? O segredo está em amar a Deus. Sendo nós impulsionados pelo amor de Cristo a amá-lO, iremos naturalmente amar aos irmãos. A unidade com Ele em amor é, daí, o segredo, enquanto que a unidade entre os irmãos em amor é o segredo tornado público. Quando amamos ao Senhor a conseqüência natural será amar aos irmãos, e com isso todos nos conhecerão que somos discípulos do Senhor. João 13:35 "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros".

O rei Davi experimentou muito em sua própria casa o caráter exatamente oposto ao sentimento refletido nesse salmo. Imagino que ao escrever esses versos, sentimentos diversos encheram o coração de Davi. Sabemos que na casa de seu pai os irmãos não viviam em harmonia. Havia naquela família oito filhos, mas eles não conseguiam, de modo algum, viver em unidade. Tendo Davi sido ungido rei pelo Senhor, foi desprezado por seus irmãos, simplesmente porque não conseguiam conformar-se com a ideia. Quando Davi foi enviado por seu pai ao campo de batalha para ver como estavam seus irmãos, ele foi injustamente acusado pelo mais velho, Eliabe, que irado lhe disse: "Bem conheço a tua presunção e a tua maldade; desceste apenas para ver a peleja". 1 Samuel 17:28b.

Na própria casa de Davi não havia unidade entre seus filhos. A amargura entre Absalão e Amnon, os quais nunca se entenderam, terminou com o primeiro matando o segundo. Salomão e Adonias também lutaram um contra o outro. Ambos queriam suceder o pai ao trono. Não havia paz entre eles, porque procuravam cada um por sua razão. Dentro mesmo da família de Davi, os irmãos não viviam em união. Nesse mundo em que vivemos é estranho que irmãos de sangue raramente vivam em paz e unidade. É extremamente difícil encontrar tal visão de harmonia entre aqueles que são irmãos segundo carne e sangue. Que trágico! Mas por que isso acontece? Coração perverso! "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes" 2 Timóteo 3:1-2.

Provavelmente, devido a sua triste e amarga experiência, Davi tenha desejado, mais do que ninguém, essa unidade que vem do Espírito. Irmãos, Davi vivenciou ocasiões felizes ao ver Israel unido, como um só, fazendo subir a arca de Sião, ou vendo Israel junto trazendo ofertas para a construção do templo. Davi também observou como todos os homens adultos das doze tribos se ajuntavam três vezes ao ano em Jerusalém para celebrar as festas de acordo com a Palavra de Deus. Nesse ajuntamento, viviam em harmonia, louvavam a Deus e repartiam os sacrifícios oferecidos, sendo grandemente enriquecidos pela comunhão. Estavam juntos por algum tempo e desfrutavam cada momento. Que cena linda de contemplar! Quanta paz e harmonia! Diante disso, Davi foi profundamente tocado por esses eventos. Pressionado talvez por testemunhar essas duas cenas contrastantes, Davi tenha sido movido pelo Espírito do Senhor a compor esse, ainda que breve, mas tão precioso salmo, que fala da unidade orgânica da igreja. Davi prevê um dia quando Deus obterá um corpo para Seu filho Jesus Cristo, e nesse corpo, todos os membros viverão em unidade, cuidando uns dos outros em amor para que o nome de Deus seja glorificado. Nascemos de novo quando cremos que morremos e ressuscitamos com Cristo, portanto é nosso dever preservar esta unidade do Espírito. "Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá" Efésios 4:3 (LH).

À medida que se aproxima o dia de Sua partida da terra, nosso Senhor orou fervorosamente por aqueles a quem amava. Foi a oração suprema de Sua vida e nela não havia senão um pedido ao Pai. Ela expressa a razão primeira pela qual Ele veio a esta terra. Jesus ora: "Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste". João 17:11b. e 21.

Somente uma unidade dessa natureza é a perfeita unidade, somente união desse tipo é, de fato, perfeita união. Quando cremos no Senhor estamos unidos a Ele e com o Seu corpo. "Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito". 1 Coríntios 6:17 e 1 Coríntios 12:13.

Devemos agradecer a Deus de todo o coração por nos dar Sua glória para que possamos todos ser um. A que essa glória diz respeito? Não nos fala de Sua vida? A vida de nosso Senhor é gloriosa. Onde há morte, há vergonha. Por que motivo vestimos os mortos? Por que túmulos magníficos são erigidos? São tentativas de cobrir a vergonha, porque a morte é vergonhosa. Mas e a vida? A vida é gloriosa. Onde há vida, há glória. A glória do nosso Senhor está em Sua própria vida. Ele dá Sua vida a nós; Ele se dá a Si mesmo por nós; Ele está em nós, e nós Nele. Tal união é verdadeira unidade, pois o Senhor está em você e o Senhor está em mim; a glória está em mim tanto quanto em você, e a glória dessa vida nos uniu em Cristo. Não precisamos, portanto, tentar manufaturar uma unidade exterior, porque a glória da vida já reside em nós; e essa vida é uma só. "Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim" João 17:22-23. Amém.
Bom dia para você - graça e paz.

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